Consequência

Reunião da Unesco é suspensa e será retomada amanhã na Turquia

Decisão acontece após a tentativa de golpe de Estado na Turquia na sexta-feira (15) à noite

Da ABr
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Publicado em 16/07/2016 às 17:30
Foto: CHRISTOPHER GLANZL / APA / AFP
Decisão acontece após a tentativa de golpe de Estado na Turquia na sexta-feira (15) à noite - FOTO: Foto: CHRISTOPHER GLANZL / APA / AFP
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Após a tentativa de golpe de Estado na Turquia na sexta-feira (15) à noite, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) informou neste sábado (16) que a 40ª Reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, que ocorre em Istambul, foi suspensa neste sábado e será retomada neste domingo (17). Segundo a Unesco, a sessão deste domingo começará às 9h (horário local) e será encerrada no mesmo dia à noite. Inicialmente, o término estava previsto para o dia 20 de julho.

O ministro da Cultura, Marcelo Calero, que lidera a comitiva brasileira da reunião do comitê que avaliaria a candidatura do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, a Patrimônio Mundial da Humanidade, postou no Instagram uma foto sua no início da tarde de hoje em um hotel em Istambul. “Tudo tranquilo, graças a Deus. Esperando no hotel a normalização dos voos para voltar ao Brasil. Só o calor que é muito! 40 graus à sombra!”, escreveu o ministro.

Além de Calero, compõem a comitiva a presidenta do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, a superintendente do órgão em Minas Gerais, Célia Corsino, e a diretora do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, ligada à Fundação Municipal de Cultura Luciana Rocha Feres.

Ontem, o Ministério da Cultura informou que a comitiva brasileira está bem e aguarda no hotel os desdobramentos da situação na Turquia. Em nota, o ministério disse que “a comitiva brasileira está em constante contato com o Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, e conta com o apoio do Consulado Geral do Brasil, em Istambul”.

Pelo menos 265 pessoas morreram em consequência do caos e da revolta popular que tomaram conta da Turquia por causa de uma tentativa de golpe de Estado realizada por uma facção rebelde das Forças Armadas.

Para tentar concretizar o golpe, as forças militares rebeldes – representados em sua maioria por contingentes da Força Aérea – chegaram a realizar movimentos com tanques, aviões de combate e helicópteros. Eles assumiram a TV estatal, impuseram a lei marcial e um toque de recolher, atacaram a sede do órgão de inteligência turco e atiraram no prédio do Parlamento do país e em um resort na cidade portuária de Marmaris.

Do total de mortos, pelo menos 100 estão entre os rebeldes, segundo informou o chefe das Forças Armadas, general Umit Dundar. Há pelo menos 1.440 feridos.

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