Na véspera da convenção nacional do Partido Republicano, Donald Trump ainda está atrás de Hillary Clinton nas pesquisas para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, mesmo após um relatório prejudicial do FBI sobre o de e-mail por Clinton, e o clamor por mudanças feito pelo eleitorado. A pesquisa foi realizada pelo jornal Wall Street Journal e pela rede de TV NBC News.
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Clinton tem 46% das intenções de voto, contra 41% de Trump, a mesma diferença registrada na última pesquisa, realizada em junho, feita antes do lançamento de um relatório do FBI que chamou Clinton de "extremamente descuidada" por usar um servidor de e-mail privado enquanto exerceu o cargo de Secretária de Estado.
Esse relatório tem alimentado dúvidas a capacidade de Clinton de tomar decisões, segundo a pesquisa, mas isso não parece se traduzir em um maior apoio para Trump.
A pesquisa revela alguns desafios para o Partido Republicano antes o início da convenção do partido amanhã, em Cleveland. Somente 13% dos republicanos classificam o partido como unificado, e apenas 38% dizem que estão satisfeitos com Trump como o candidato do partido.
As convenções nacionais, para os republicanos esta semana e para os democratas na próxima semana, na Philadelphia, darão a ambos os partidos e seus candidatos presidenciais a chance de abordar não apenas os seus apoiadores, mas um público mais vasto de americanos, muitos deles avessos à política.
O Partido Republicano tem o maior problema de relações públicas, segundo a pesquisa: apenas 27% dos eleitores registrados têm uma opinião positiva sobre o partido, em comparação com 39% que veem o Partido Democrático favoravelmente.
Ainda assim, Trump se mantém na disputa na corrida contra Hillary Clinton já que, segundo a pesquisa, a maioria dos eleitores quer um candidato que traga "grandes mudanças" para o governo, em vez de uma "abordagem constante."
A pesquisa mostra que os dois candidatos continuam a ser muito impopulares, e que muitos eleitores são movidos pela rejeição a um deles. Questionados sobre qual candidato mostrou maior capacidade para ser um bom presidente, 37% dos entrevistados apontaram Clinton, e 25% apontaram Trump. No entanto, 32% disseram que nenhum dos candidatos tem essa capacidade. Em 2008, somente 6% disseram que nem o democrata Barack Obama nem o republicano John McCain tinham essa capacidade.
A pesquisa ouviu 1.000 eleitores registrados e foi realizada entre os dias 09 e 13 deste mês. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.