GOLPE

UE e Estados Unidos pedem à Turquia respeito ao estado de direito

A chefe da diplomacia do bloco europeu advertiu que a introdução da pena de morte na Turquia encerraria as negociações de adesão à UE

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Publicado em 18/07/2016 às 8:32
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A chefe da diplomacia do bloco europeu advertiu que a introdução da pena de morte na Turquia encerraria as negociações de adesão à UE - FOTO: Foto: OZAN KOSE / AFP
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União Europeia e Estados Unidos fizeram um apelo à Turquia para que respeite o estado de direito na investigação do golpe de Estado frustrado contra o presidente Recep Tayyip Erdogan, declarou nesta segunda-feira (18) em Bruxelas o secretário de Estado americano, John Kerry.

"Nós pedimos com firmeza ao governo da Turquia que mantenha a calma e a estabilidade no país", declarou Kerry em uma entrevista coletiva.

"Também pedimos ao governo da Turquia que respeite as instituições democráticas da nação e o estado de direito", completou, após uma reunião com os ministros das Relações Exteriores da UE.

Ao mesmo tempo, a chefe da diplomacia do bloco, a italiana Federica Mogherini, advertiu que a introdução da pena de morte na Turquia encerraria as negociações de adesão à UE.

"Nenhum país pode aderir à UE se introduzir a pena de morte", disse Mogherini, ao comentar uma medida citada no domingo por Erdogan.

O governo alemão fez a mesma advertência a Turquia.

Ao mesmo tempo, Kerry disse que o governo turco deve apresentar "provas" sobre a eventual participação no golpe do pregador turco Fethullah Gülen, que mora nos Estados Unidos, acusado pelo governo turco de ser o principal instigador da tentativa de golpe.

Gülen dirige o poderoso movimento Hizmet ("Serviço"), que na Turquia dispõe de escolas, ONGs e empresas.

Gülem é o principal inimigo de Erdogan, que no sábado o acusou de ter organizado o golpe e solicitou sua extradição aos Estados Unidos.

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