Turquia

Anistia Internacional diz que há provas de tortura e estupro na Turquia

Algumas das pessoas detidas depois da tentativa de golpe estão sofrendo "espancamentos e torturas, incluindo estupros, em centros oficiais e não oficiais em todo o país", afirma, em um comunicado, a organização com sede em Londres

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Publicado em 24/07/2016 às 14:34
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Algumas das pessoas detidas depois da tentativa de golpe estão sofrendo "espancamentos e torturas, incluindo estupros, em centros oficiais e não oficiais em todo o país", afirma, em um comunicado, a organização com sede em Londres - FOTO: Foto: OZAN KOSE / AFP
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O grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) afirmou neste domingo que há provas concretas de abusos e de uso de tortura na Turquia contra pessoas detidas depois da tentativa de golpe de Estado.

Algumas das pessoas estão sofrendo "espancamentos e torturas, incluindo estupros, em centro oficiais e não oficiais em todo o país", afirma, em um comunicado, a organização com sede em Londres.

"Anistia Internacional dispõe de informações concretas segundo as quais a polícia turca em Ancara e Istambul mantêm detidos em posições dolorosas durante períodos que podem chegar a 48 horas", afirma a ONG em um comunicado em que menciona também privação de água, alimentos e medicamentos, injúrias, ameaças e, em casos mais graves, "espancamentos, torturas e estupros".

"As informações sobre espancamentos e estupros sob detenção são extremamente alarmantes", declarou o diretor para a Europa da Anistia, John Dalhuisen, citado em um comunicado.

Segundo o AI, alguns detentos também não têm acesso a advogados ou contato com a família.

A ONG pede que o Comitê Europeu para a Prevenção da Tortura (CPT) envie com urgência representantes à Turquia para observar as condições de detenção no país.

As afirmações da Anistia foram negadas categoricamente por uma fonte turca. "A ideia segundo a Turquia, um país que busca aderir à União Europeia (UE), não respeita a lei é absurda", afirmou, sem querer ser identificado.

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