Ao menos 44 pessoas morreram e 140 ficaram feridas em um atentado nesta quarta-feira (27) contra edifícios da administração autônoma curda na cidade síria de Qamishli (nordeste), perto da fronteira turca, segundo um novo balanço dos meios de comunicação oficiais. O Estado Islâmico reivindicou o ataque.
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A televisão nacional síria informou sobre um "atentado terrorista" que, segundo a agência oficial Sana, deixou "44 mortos e 140 feridos, vários deles em estado grave".
Em um balanço anterior, a televisão indicou ao menos 31 mortos e 170 feridos e explicou que as operações de resgate prosseguem.
Por sua vez, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) anunciou ao menos 14 mortos e várias dezenas de feridos.
As imagens do atentado mostram uma zona devastada, repleta de escombros, e vários edifícios danificados.
Segundo um jornalista da AFP que cita uma fonte das forças de segurança curdas (Assayech), "trata-se do maior atentado cometido na cidade" de Qamishli, que deixou danos consideráveis e corpos entre os escombros.
Segundo a mesma fonte, um suicida que estava em um grande caminhão detonou seus explosivos perto de um posto de controle próximo a uma zona com vários edifícios da administração autônoma, instalados pelos curdos nos territórios que controlam no noroeste da Síria. Um dos imóveis abriga o organismo curdo de defesa.
A fonte também falou de hospitais lotados devido ao grande número de vítimas.
A televisão nacional síria indicou que o governador da província de Hassake, onde se localiza Qamishli, fez um apelo à população para que doe sangue às vítimas nos hospitais públicos e privados.
Os primeiros relatos informavam sobre dois atentados, mas segundo fontes em Qamishli e do OSDH a explosão do caminhão provocou uma segunda deflagração de um depósito de gás.
A maior parte da província de Hassake está controlada pelas forças curdas que estabeleceram uma "administração autônoma", enquanto as forças governamentais sírias controlam o aeroporto e alguns bairros de Qamishli.
O resto da província está nas mãos das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), a principal força militar curda, que em março anunciaram a criação de uma zona autônoma no nordeste da Síria.
Os combatentes curdos estão na linha de frente do combate ao grupo Estado Islâmico (EI) e conquistaram vitórias no norte e no leste da Síria, que levaram os terroristas a responder com ataques suicidas.
Segundo a agência Amaq, um órgão de propaganda ligado ao EI, nesta quarta-feira informou que "um suicida em um caminhão bomba atacou o quartel-general dos curdos em Qamishli". Em seguida o grupo terrorista reivindicou o ataque.