Um alto comandante militar e outros funcionários americanos reafirmaram nesta sexta-feira que os Estados Unidos não estão envolvidos na tentativa de golpe de Estado na Turquia, o que evidencia a tensão entre os dois países.
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O comandante de Operações do Pentágono para o Oriente Médio, general Joseph Votel, publicou um comunicado nesta sexta-feira garantindo que não tem qualquer vínculo com a tentativa de golpe de Estado na Turquia, em um gesto pouco frequente.
"Qualquer informação que diga que tenho algo a ver com a recente tentativa de golpe na Turquia é infeliz e totalmente incorreta", disse o general Votel.
"A Turquia tem sido um parceiro vital e extraordinário na região durante anos. Apreciamos a contínua cooperação da Turquia e esperamos que nossa colaboração na luta contra o EI continue", disse o general, em referência ao grupo jiihadista Estado Islâmico.
Os comentários de Votel ocorrem horas após o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, vincular o general à tentativa de golpe.
"Está do lado dos golpistas ao invés de defender um país que fez fracassar uma tentativa de golpe de Estado", declarou Erdogan depois de uma cerimônia em um centro de treinamento do exército, bombardeado pelos golpistas em 15 de julho.
"E quem planejou o golpe está em seu país e o está alimentando", acrescentou, em referência ao clérigo Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos.
O porta-voz da Casa Branca Eric Schultz também declarou que a acusação de Erdogan "é completamente falsa", mas destacou que o presidente americano, Barack Obama, considera o líder turco "um aliado próximo".
Na véspera, Votel declarou que temia o impacto que poderiam ter os expurgos em massa nas relações que Washington mantém com vários chefes militares turcos.
