O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse que escapou da morte "por um milagre" na noite da última sexta-feira (15), quando o país foi palco de um golpe de Estado fracassado.
"Se eu tivesse ficado por mais dez ou 15 minutos" no resort de Marmaris, onde descansava com a família, "teria sido assassinado ou capturado", disse em entrevista à emissora americana CNN.
Leia Também
- Forças Armadas negam envolvimento em golpe na Turquia
- Dilma: vivemos um golpe de Estado diferente do que aconteceu na Turquia
- Ex-comandante da Força Aérea turca confessa ter planejado golpe, diz mídia local
- Presidente turco simbolicamente mais forte após fracasso do golpe
- Tentativa de golpe: 30 governadores e 7.899 policiais são detidos na Turquia
Erdogan disse ainda que dois de seus guarda-costas foram mortos pelos militares dissidentes do governo que invadiram o local, pouco após sua saída.
Durante a entrevista, o mandatário voltou a criticar Fethullah Gulen dizendo que ele foi o mentor da tentativa golpista. O clérigo apoiou o presidente até 2013, mas a aliança foi rompida após o governo ter fechado diversas escolas religiosas na Turquia.
O opositor, que vive em exílio voluntário nos Estados Unidos, nega categoricamente qualquer participação na tentativa de golpe.
Pena de Morte
Erdogan também chamou atenção da imprensa mundial ao defender a pena de morte em discurso a uma multidão em Istambul no começo da semana. "A pena de morte existe nos Estados Unidos, na Rússia, na China e em vários países do mundo. Só na Europa não existe", disse.
Ele reiterou que está disposto a ratificar a introdução da pena capital, caso o Parlamento turco aprove a medida, que foi abolida no país em 2004.