O presidente Barack Obama lamentou pelas pessoas que "dizem bobagens" sobre as forças militares americanas, desrespeitando as famílias dos soldados mortos em combate, em um ataque velado ao candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump.
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"Como comandante-em-chefe estou muito cansado de algumas pessoas que falam bobagens sobre as tropas dos Estados Unidos", disse Obama em uma convenção em Atlanta de veteranos com deficiências físicas em decorrência dos combates.
Trump, que disputa a sucessão de Obama com a democrata Hillary Clinton, recebeu críticas generalizadas por desrespeitar publicamente a família de um capitão muçulmano do Exército americano morto em combate no Iraque em 2004, quando tentava salvar seus homens.
Khizr Khan - cujo filho Humayun morreu no Iraque em 2004 - acusou Trump, durante a convenção, de insultar os muçulmanos e afirmou que o magnata "nunca sacrificou nada" por ninguém que não fosse ele mesmo.
"Se olhar sua esposa, ela estava parada ali. Não tinha nada a dizer", declarou Trump, completando: "talvez não tenha permitido que ela dissesse nada".
Em artigo de opinião publicado no jornal "The Washington Post" no domingo, Ghazala Khan rebateu Trump, explicando que a dor a impedia de falar.
Os democratas rapidamente interpretaram os comentários de Trump como prova de que ele não é capacitado para ser comandante-em-chefe.
"Ninguém deu mais por nossa liberdade e por nossa segurança do que nossas famílias 'Gold Star'", afirmou o presidente, referindo-se aos familiares de militares mortos em combate.
"Nossas famílias 'Gold Star' fizeram um sacrifício que muitos de nós sequer imaginamos", elogiou Obama.
"Devemos fazer tudo o que for possível por essas famílias e honrá-las, demonstrando-lhes humildade", concluiu.