Ao menos doze recém-nascidos morreram nesta quarta-feira (10) em um incêndio provocado por um curto-circuito em um dos maiores hospitais de Bagdá, segundo um novo balanço fornecido por equipes médicas e de segurança iraquianas.
Apenas sete bebês conseguiram se salvar, e foram levados a outro hospital da capital, declarou aos jornalistas Jasem Latif al Hijami, responsável pela Direção de Saúde de Bagdá.
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O incêndio foi declarado pouco depois da meia-noite no hospital Yarmuk, no oeste da cidade, devido a um curto-circuito, indicou o porta-voz do ministério da Saúde, Ahmed al Rudeini.
Os serviços de segurança isolaram o perímetro enquanto as equipes médico-legais inspecionavam a sala incendiada. Os familiares, irritados, se concentraram em frente ao estabelecimento, à espera de mais informações das autoridades.
Devido aos poucos dias de vida dos falecidos e dos danos causados pelo fogo, os cadáveres eram difíceis de identificar, o que aumentava a dor de pais e parentes.
Um Ahmed se dirigiu ao hospital Yarmuk para visitar uma parente que havia acabado de dar à luz. O recém-nascido morreu no incêndio e a mãe sofreu queimaduras, explicou.
"Disseram-nos: 'você o encontrará na câmara frigorífica'", declarou Um Ahmed.
"Eu o encontrei em uma pequena caixa de papelão, mas não estou certa nem mesmo se é a criança", explicou a mulher, vestida de preto.
Um funcionário do ministério do Interior confirmou o balanço de 12 mortos, informando que outros três bebês estão sendo tratados por asfixia.
A maioria dos hospitais públicos da capital iraquiana sofrem com a falta de serviços de qualidade, o que leva muitos iraquianos a utilizar estabelecimentos privados.
A falta de serviços públicos de qualidade em matéria de saúde, água e eletricidade motivou uma série de manifestações no ano passado.