O primeiro-ministro Dmitry Medvedev afirmou nesta sexta-feira (12) que a Rússia poderia romper as relações diplomáticas com a Ucrânia por causa de supostos incidentes de segurança ocorridos na Ucrânia. Moscou não tomou esse passo nem mesmo após anexar a Crimeia ou em meio ao apoio do governo russo a rebeldes separatistas no leste ucraniano.
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Medvedev disse que não gostaria que os laços fossem cortados, mas "se não houver outra maneira de mudar a situação, o presidente pode tomar esse passo", segundo a imprensa estatal.
A Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia em março de 2014, após um criticado plebiscito, e o conflito entre os separatistas apoiados pela Rússia e as forças ucranianas piorou nas semanas seguintes. Apesar disso e do conflito no leste da Ucrânia que já matou mais de 9.500 pessoas, Kiev e Moscou não romperam a relação diplomática.
O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Pavlo Klimkin, disse nesta semana que Kiev não quer um rompimento porque isso significaria abandonar 4 milhões de ucranianos que vivem e trabalham na Ucrânia.
O anúncio de Medvedev é feito após a Ucrânia colocar tropas de combate em alerta ao longo da fronteira do país com a região da Crimeia, em meio a uma escalada retórica com a Rússia.