Os gigantes da internet, incluindo Google, Facebook e Twitter, não estão fazendo o suficiente para evitar que os ciberjihadistas utilizem os seus serviços para fins de propaganda, afirma uma comissão do Parlamento britânico.
"A linha de frente moderna é a internet", escreveu o deputado Keith Vaz, presidente da comissão britânica dos Assuntos Internos, em um relatório divulgado nesta quinta-feira (25).
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"Os fóruns de discussão e redes sociais são a alma do Daesh (sigla em árabe para o Estado Islâmico (EI)) e outros grupos terroristas em matéria de recrutamento, financiamento e difusão de sua ideologia", continua.
"E é com pleno conhecimento de causa que as grandes empresas como Google, Facebook e Twitter provam ser incapazes de responder a esta ameaça", acrescentou, considerando que este "fracasso" torna certas partes da internet áreas sem lei.
Enquanto centenas de milhares de contas foram suspensas pelo Twitter e milhões de vídeos suprimidos pelo Google (que detém YouTube), essas medidas não representam "mais que uma gota no oceano", diz a comissão, apontando como principal problema a falta de recursos humanos: "Essas empresas têm equipes de apenas algumas centenas de funcionários para monitorar bilhões de contas".
Facebook e Google se defenderam, garantindo que respondem rapidamente ao surgimento de contas que incentivam o terrorismo, apesar de que, como apontado pelo Twitter no início deste ano, "não há nenhum algoritmo mágico" para detectar conteúdos terroristas.
A comissão do Parlamento britânico recomenda aumentar a polícia anti-terrorista encarregada de monitorar as redes e outras propostas mais incomuns, como apelar para os criadores de videogames para combater a propaganda jihadista.