O Conselho de Segurança das Nações Unidas recebeu "calorosamente", nesta sexta-feira (26), o histórico acordo de paz alcançado pelo governo da Colômbia e pela guerrilha das FARC e se declarou pronto para ajudar a garantir que os compromissos sejam cumpridos.
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O Conselho manteve uma reunião a portas fechadas dois dias depois que os representantes de Bogotá e dos rebeldes anunciaram em Havana o acordo final de paz, que põe fim a um conflito que durou mais de meio século.
A ONU pretende criar uma missão especial no país sul-americano para monitorar o cessar-fogo, ajudar a desarmar os rebeldes e verificar o cumprimento do acordo de paz.
O Conselho "reiterou seu compromisso com o apoio à implementação do acordo de cessar-fogo, cessar de hostilidades e a entrega das armas através de uma missão política da ONU na Colômbia", disse Siti Hajjar Adnin, embaixadora da Malásia, cujo país preside o Conselho durante este mês.
Os membros do Conselho "recebem calorosamente" o acordo de paz, que será submetido a um referendo em 2 de outubro na Colômbia, e felicitam os colombianos, acrescentou.
O embaixador britânico, Peter Wilson, disse que o Conselho está considerando os "próximos passos" para apoiar o processo de paz.
A nova missão da ONU para a Colômbia será liderada pelo francês Jean Arnault e contará com 450 observadores enviados a 40 locais do país.
O primeiro grupo de observadores, em sua maioria latino-americanos, já chegou à Colômbia para verificar o desarmamento e monitorar o cessar-fogo.
O acordo de paz prevê que as FARC moverão seus 7.000 militantes de seus esconderijos nas florestas e montanhas para zonas de desarmamento estabelecidas pelas Nações Unidas.
As Farc se tornarão um partido político e suas armas serão derretidas para a construção de três monumentos de paz.
Tribunais especiais serão criados para julgar crimes graves cometidos durante o conflito.