A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu manter o caráter de emergência global por causa do vírus zika, seis meses depois de declarar que a doença deveria receber uma especial atenção. Desde então, porém, o vírus se espalhou pelo mundo.
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A decisão foi tomada depois de uma reunião de emergência entre os principais especialistas do mundo. Além de manter o alerta, a OMS indicou que governos terão de criar mecanismos e estruturas para lidar com as crianças afetadas pela doença no longo prazo.
David Haymann, especialista que presidiu a reunião, contou que a delegação brasileira contou que nenhum atleta ou participante dos Jogos Olímpicos foi infectado pelo vírus. Mas, ainda assim, também descrevem estudos de que tem preocupação com um aumento de microcefalia.
Segundo ele, a doença continua a se espalhar. "Novos surtos continuam a ser identificados em novas regiões, como em Guiné Bissau e Cingapura", disse Haymann.
Guiné-Bissau
A OMS ainda revelou um novo estudo que indica que o vírus zika identificado em Guiné-Bissau não é da mesma cepa daquele que gerou uma epidemia na América Latina e, principalmente no Brasil, fez explodir o número de casos de microcefalia e outras complicações neurológicas.
Os estudos estão sendo publicados no mesmo dia em que a revista The Lancet revela que potencialmente 2,6 bilhões de pessoas poderiam ser afetados pelo vírus. Essa é a população em países que hoje contam com o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão.