O FBI (polícia federal americana) publicou nesta sexta-feira um informe sobre a sensível investigação dos e-mails que Hillary Clinton enviou através de um servidor privado quando era secretária de Estado, um caso que continua afetando sua candidatura democrata à Casa Branca.
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Um total de 58 páginas, das quais foram excluídas longas passagens de informação confidencial, transcrevem principalmente os interrogatórios feitos a Hillary.
No começo de julho, a polícia federal recomendou não processar Hillary por estes e-mails, apesar de concluir que a ex-secretária de Estado cometeu uma "negligência extrema", ao instalar um servidor privado de internet no subsolo de sua casa no estado de Nova York.
A secretária de Justiça, Loretta Lynch, decidiu encerrar a investigação sobre a candidatura democrata sem apresentar acusações, após anunciar que seguiria as recomendações do FBI.
Esta ausência de acusações contra Clinton provocou um protesto do Partido Republicano, que acusou de incoerência o líder do FBI, James Comey, e exigiu conhecer todos os detalhes das investigações federais realizadas sobre Hillary durante um ano.
Ao enfrentar várias ações para divulgar estes documentos, não só de parte dos republicanos, mas também da imprensa, Comey finalmente autorizou a publicação destas notas.
Para boa parte da opinião pública do país, Clinton se beneficiou neste caso de certa permissividade por causa de relações cultivadas desde que seu marido era presidente.
Seu adversário republicano, Donald Trump, a acusou de ter se beneficiado de um acordo ilegal com a Justiça, mas Comey varreu as suspeitas de ser indulgente com Hillary, particularmente durante uma audiência de cerca de cinco horas no Congresso.