O presidente Barack Obama estimou que o enfoque de Donald Trump sobre a migração é claramente rejeitado pelos jovens americanos, e ressaltou que as propostas do candidato republicano não são compartilhadas pela maioria dos cidadãos de seu país.
Leia Também
- Em viagem ao México, Trump suaviza discurso anti-imigrantes
- Políticas migratórias anunciadas por Trump geram êxodo na América Central
- Trump relança debate sobre imigração clandestina
- Trump diminui o tom sobre imigração: 'tem que ser justa e humana'
- Trump: chamar Obama de fundador do Estado Islâmico foi sarcasmo
"Existe uma longa tradição de migração, de diversidade" no país, explicou o presidente durante uma entrevista transmitida no sábado pela CNN e realizada antes de sua viagem à cúpula do G20 na China.
"Isso não vai mudar simplesmente porque Trump recebe mais atenção que o habitual", disse Obama, que muitas vezes declarou estar convencido de que o multimilionário não o sucederá na Casa Branca em 2017.
"Se olhar as pesquisas, ele conseguiu captar certo grupo de pessoas (...) que têm inquietações legítimas sobre a economia e o sentimento de ter sido esquecidas. Mas não é a maioria dos americanos", indicou.
"Se uma pessoa fala com os jovens, a próxima geração de americanos, eles rejeitam completamente este caminho" em relação à deportação, acrescentou.
Declaração
Depois de uma série de sinais contraditórios, refletidos nas tensões pelas quais sua equipe de campanha passa, Trump retomou na quarta-feira em Phoenix, em um pronunciamento muito esperado, as linhas gerais do discurso firme contra os imigrantes ilegais que apresentou desde as primárias republicanas.
Em uma mensagem detalhada, falou de excluir de qualquer regularização milhares de pessoas, em sua maioria mexicanos, que vivem ilegais nos Estados Unidos e esperam há anos resolver sua situação.