A candidata democrata à Presidência, Hillary Clinton, que foi criticada por ter chamado "metade" dos simpatizantes de Donald Trump de "deploráveis", disse neste sábado (10) que lamenta o comentário, mas insistiu em que não vai parar de falar de sua "retórica intolerante e racista".
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Hillary recebeu uma tempestade de críticas após suas declarações na sexta-feira (9), em um ato de arrecadação de campanha, em Nova York.
"Apenas para generalizar de modo grosseiro, você pode colocar metade dos simpatizantes de Trump no que eu chamo de cesta dos deploráveis", alfinetou.
"O racista, sexista, homofóbico, xenófobo, islamofóbico, como você quiser chamar. E infelizmente há pessoas assim. E ele as despertou", completou.
Trump, com 70 anos, respondeu de maneira irritada e qualificou suas palavras como "insultantes". O comentário da candidata viralizou, e ela imediatamente se tornou alvo de inúmeras reações no Twitter.
"Na noite passada, eu fui 'grosseiramente generalista', e isso nunca é uma boa ideia. Eu lamento por ter dito 'metade' - isso foi errado", disse a democrata em um comunicado divulgado por sua equipe de campanha.
Ainda assim, a candidata elaborou uma lista de diversos itens "deploráveis" sobre Trump.
"É deplorável que Trump tenha construído sua campanha, em grande parte, em cima de preconceitos e de paranoias e que tenha dado uma plataforma nacional para visões e vozes odiosas, inclusive ao responder de forma preconceituosa a uma dúzia de seguidores e destilar sua mensagem a 11 milhões de pessoas", afirmou.
"É deplorável que ele tenha atacado um juiz federal por suas 'raízes mexicanas', importunado os pais de um soldado morto por causa de sua religião muçulmana e promovido a mentira de que nosso primeiro presidente negro não seja um verdadeiro americano", continuou a candidata.
"Então, eu não vou parar de falar sobre a retórica intolerante e racista de sua campanha", frisou.
Hillary, de 68 anos, reiterou inúmeras vezes que os simpatizantes de Trump são "americanos que trabalham duro" e que se sentem marginalizados.
"Estou determinada a unir nosso país e fazer nossa economia funcionar para todos, não apenas para aqueles que estão no topo", prometeu.