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Mortos em ataques aéreos na Síria após acordo de cessar-fogo sobem para 90

Ainda não foi informado quem estava por trás dos ataques aéreos

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Publicado em 11/09/2016 às 14:05
AMEER ALHALBI / AFP
Ainda não foi informado quem estava por trás dos ataques aéreos - FOTO: AMEER ALHALBI / AFP
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O número de mortos nos ataques aéreos realizados nas áreas controladas pelos rebeldes das províncias de Idlib e Alepo, na Síria, após o acordo de cessar-fogo entre a Rússia e os EUA, subiu para 90, informou o Observatório Sírio para Direitos Humanos, um grupo de ativistas.

Aviões de guerra atingiram um mercado na cidade de Idlib, no sábado, matando pelo menos 58 pessoas - das quais 13 eram crianças e outros 13 eram mulheres - e feriram várias outras, de acordo com o Observatório. O número de mortos deve aumentar, uma vez que várias pessoas atingidas estavam em estado grave. Outras duas pessoas foram mortas em uma cidade vizinha.

Pelo menos 30 pessoas também foram mortas e muitos outros feridas em ataques aéreos em torno de Alepo, local de uma batalha crescente e de crise humanitária, disse o grupo de monitoramento.

O observatório ainda não disse quem estava por trás dos ataques aéreos.

Os Estados Unidos e a Rússia anunciaram ontem um acordo que iria estabelecer um cessar-fogo nacional a partir de segunda-feira, seguido de uma nova parceria militar visando combater militantes do Estado Islâmico e da Al-Qaeda, bem como o estabelecimento de novos limites sobre as forças do presidente sírio, Bashar Assad. Outros períodos de trégua acordados na Síria também foram precedidos por picos de violência, já que tanto as forças governamentais quanto os rebeldes tentam consolidar posições ou ganhar novos caminhos nas horas finais remanescentes de guerra.

O conflito sírio já custou a vida de cerca de 400 mil sírios desde 2011, de acordo com o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria.

Embora a trégua seja para todo o país, a província do noroeste de Idlib continuará a ser um alvo. A província está quase que inteiramente sob o controle de uma coalizão de grupos rebeldes. 

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