A polícia confirmou mais tarde que no sábado à noite encontrou, a alguns passos do lugar da explosão de Manhattan, um segundo artefato que não estourou. O único dos ataques que foi reivindicado foi o de Minnesota, pelo grupo radical Estado Islâmico (EI). O autor do ataque com arma branca "era um soldado do Estado Islâmico, que respondeu aos pedidos para tomar como alvos os cidadãos dos países-membros da coalizão dos cruzados", informou a Amaq, órgão de propaganda do EI.
- Ato terrorista? -
O criminoso, identificado pela imprensa como um americano de origem somali, foi abatido por um agente que não estava em serviço, indicou a polícia. Segundo o jornal St.Cloud Times, o agressor era Dahir Adan, de 22 anos, estudante da universidade local.
As autoridades se mostraram muito prudentes neste domingo sobre as motivações dos ataques, e evitaram em geral falar de "terrorismo".
"Investigamos esses fatos como um potencial ato de terrorismo. Mas ressaltou que é potencial. Ainda há muitas coisas que não sabemos", disse neste domingo o agente do FBI encarregado da investigação em Minnesota, Rick Thornton. De Nova York, o chefe de polícia da cidade, James O'Neill, afirmou que "pelo menos até agora nenhuma pessoa ou grupo se declararam responsáveis", assim como o de Nova Jersey. Apenas o governador de Nova York, Andrew Cuomo, considerou o ataque com bomba como um "ato terrorista", mas descartou que esteja vinculado com o "terrorismo internacional".
Cuomo também confirmou que outro artefato explosivo foi encontrado sem ter explodido a algumas quadras de distância, sobre a rua 27.
"O estouro de uma bomba em Nova York é obviamente um ato terrorista, mas (este ataque) não está vinculado ao terrorismo internacional. Quer dizer, não encontramos conexões com o grupo Estado Islâmico", disse Cuomo. Já Bill de Blasio, de Nova York, foi mais cauteloso.
"Não sabemos a motivação, não sabemos sua natureza. Não sabemos se teve uma motivação política ou se foi uma motivação pessoal", disse De Blasio.
"Os 29 feridos receberam alta e deixaram o hospital. É uma notícia muito boa", disse Daniel Nigro, o comandante de bombeiros da cidade que receberá nesta semana vários chefes de Estado na Assembleia Geral da ONU. Todos destacaram, contudo, que o dispositivo de segurança foi reforçado com mais mil agentes. Cuomo disse que a medida foi tomada por precaução. "Não temos qualquer motivo para pensar que há outras ameaças imediatas".
Todos esses incidentes podem entrar nos debates eleitorais, a semanas da votação de 8 de novembro. O republicano Donald Trump se solidarizou com as vítimas de Nova York, com um tuíte em que expressou suas "condolências e seus melhores desejos aos familiares e às vítimas da terrível explosão em Nova York".
A democrata Hillary Clinton condenou "os ataques aparentemente terroristas de Minnesota, Nova Jersey e Nova York", e lembrou seu plano para "vencer o EI e outros grupos terroristas".