CRISE MIGRATÓRIA

Mais de 300 mil migrantes atravessaram o Mediterrâneo em 2016

O número é consideravelmente inferior ao registrado durante os nove primeiros meses de 2015 (520.000), as é superior ao do conjunto de 2014 (216.054)

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Publicado em 20/09/2016 às 9:36
Foto: ANGELOS TZORTZINIS / AFP
O número é consideravelmente inferior ao registrado durante os nove primeiros meses de 2015 (520.000), as é superior ao do conjunto de 2014 (216.054) - FOTO: Foto: ANGELOS TZORTZINIS / AFP
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Mais de 300.000 migrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo para viajar a Europa desde o início de 2016, que pode ser o ano mais letal caso o número de vítimas de naufrágios prossiga ao ritmo atual, afirmou nesta terça-feira o Acnur.

"O número de refugiados e migrantes que chegaram às costas europeias superou hoje a barreira dos 300.000", declarou William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) em Genebra.

O número é consideravelmente inferior ao registrado durante os nove primeiros meses de 2015 (520.000), as é superior ao do conjunto de 2014 (216.054).

O número de mortos é 15% inferior ao do total de 2015. De acordo com o Acnur, 3.211 pessoas morreram ou são consideradas desaparecidas no Mediterrâneo desde janeiro.

"Neste ritmo, 2016 será o ano mais letal para o mar Mediterrâneo", disse Spindler.

Quase todos os migrantes e refugiados que atravessam o Mediterrâneo tentam chegar a Grécia ou Itália.

O Acnur indica que 48% dos migrantes que chegam a Grécia são sírios, 25% afegão, 15% iraquianos, 4% paquistaneses e 3% iranianos.

Na Itália, 20% dos que chegam pelo mar são da Nigéria, 12% da Eritreia e outros 7% de Gâmbia, mesmo percentual para Guiné, Sudão e Costa do Marfim.

O acordo concluído em março entre a União Europeia e a Turquia provocou a redução do número de chegadas às ilhas gregas do Egeu próximas à costa turca. Em 2015, milhares de pessoas em fuga de conflitos chegavam diariamente a estas ilhas, sobretudo procedentes da Síria.

Ao mesmo tempo, dos 160.000 demandantes de asilo que chegaram a Grécia e Itália que os países da UE aceitaram receber no ano passado, menos de 5.000 foram realocados, criticou o Acnur.

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