O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta quinta-feira (13) ter prorrogado o cessar-fogo com as Farc até 31 de dezembro, embora tenha assegurado que espera encontrar antes desta data uma saída para "ter um novo acordo" de paz com a guerrilha.
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"Tomei a decisão de prorrogar o cessar-fogo bilateral até 31 de dezembro. Que fique claro: isto não é um ultimato, nem uma data-limite, mas espero que todo este processo para ter um novo acordo termine muito antes", disse o presidente em discurso televisionado.
Depois do resultado contrário nas urnas, o presidente havia dito que o cessar-fogo se manteria até 31 de outubro.
Santos teve novas reuniões com a oposição e com representantes da sociedade para buscar saídas para a crise política gerada no país, depois que o acordo firmado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foi rejeitado em um plebiscito.
As Farc criticaram a data-limite de Santos, mas confirmaram sua disposição em continuar buscando soluções negociadas em meio à trégua bilateral.
"Um dos estudantes (em uma das reuniões) me lembrou que, neste momento, no Exército e na guerrilha, há jovens à espera do que vai acontecer, esperando não ter de voltar a atirar. Por essa razão e a pedido desses jovens, tomei a decisão", explicou.
"Vamos conseguir. Vamos conseguir terminar para sempre com a violência, com o retorno dos deslocados para seus lares (...) Não podemos perder essa oportunidade", insistiu.
Na tentativa de encontrar uma saída para o impasse atual, além de se reunir com o ex-presidente e senador Álvaro Uribe, um ferrenho opositor aos acordos e principal defensor do "não" no plebiscito, Santos já teve encontros com outros ex-presidentes, como Andrés Pastrana e Ernesto Samper, com líderes religiosos e com vítimas do conflito armado.
Nesta quinta-feira (13), ele recebeu no palácio da Presidência o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, o qual pediu às lideranças políticas da Colômbia que se comprometam com alcançar uma "solução rápida e urgente" para implementar o acordo de paz com as Farc.