Quarenta e três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas neste sábado em um atentado contra um santuário sufi no Baluchistão, sul do Paquistão, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
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A explosão aconteceu em meio a uma multidão de fiéis, durante uma cerimônia no santuário de Shah Noorani, declarou à AFP um respresentante do governo local, Javed Iqbal.
"Quarenta e três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas", disse o ministro provincial da região do Baluchistão, Sarfraz Bugti, em entrevista coletiva na cidade portuária de Gwadar.
O sufismo é um braço místico do islã considerado herege por grupos islamitas radicais. Os fiéis dançavam em uma cerimônia tradicional que acontece diariamente antes do crepúsculo.
O EI reivindicou a autoria do ataque, em um comunicado da agência Amaq. "Trinta e cinco fiéis xiitas mortos e 95 feridos em uma operação de martírio executada por um combatente do EI em um santuário numa cidade do Baluchistão", informou a agência.
A localidade fica a 760 km da capital provincial, Quetta, motivo pelo qual os socorristas têm dificuldade para chegar à região, montanhosa, com poucas instalações médicas.
Autoridades enviaram reforços desde Karari, localizada a três horas de carro do local da explosão.
Em junho passado, o assassinato do famoso cantor sufi Amjad Sabri em Karachi, metrópole do sul do Paquistão, causou uma onda de indignação no país. Ele foi morto por dois homens que estavam em uma moto, e a polícia se referiu ao crime como "ato de terrorismo".
Fronteiriça com Irã e Afeganistão, a província do Baluchistão é a mais pobre do Paquistão, apesar de sua receita do petróleo e gás e de sua abertura ao Mar da Arábia.