Duas pessoas morreram em um terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Nova Zelândia após a meia-noite deste domingo, com moradores de áreas costeiras fugindo destas regiões após alertas de tsunami.
Vilarejos rurais na Ilha do Sul foram isolados por deslizamentos de terra e ficaram sem serviço telefônico durante as fortes réplicas, que duraram horas.
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O primeiro-ministro John Key confirmou duas mortes e disse que não se pode descartar um aumento do número de vítimas, quase sete horas após o tremor principal.
A polícia tentava chegar ao local de uma das mortes, uma propriedade rural a 150 km de Christchurch, enquanto outra pessoa morreu em um desabamento no vilarejo vizinho de Kaikoura.
Helicópteros levavam funcionários para a área mais atingida, assinalou o premier.
Logo após o terremoto, um alerta de tsunami foi emitido nas cidades costeiras da Ilha do Sul e no leste da Ilha do Norte. Policiais e socorristas se mobilizaram para a evacuação destas regiões.
"Um tsunami destruidor, com ondas de até cinco metros, é possível", indicou um boletim da defesa civil do país. As primeiras ondas mediam dois metros, e, quatro horas depois, autoridades reduziram o alerta, mas informaram que o risco permanecia.
O terremoto atingiu a Nova Zelândia a 0h12min de segunda-feira (horário local), a 23 quilômetros de profundidade, segundo o Serviço Geológico americano, com epicentro próximo ao vilarejo turístico de Hanmer e à localidade rural de Cheviot, em North Canterbury, Ilha do Sul.
Foi um dos terremotos mais poderosos a atingir a Nova Zelândia, e ativou a memória dolorosa de moradores de Christchurch, devastada há cinco anos por um tremor de 6,3 graus, que matou 185 pessoas.
O tremor principal foi seguido de uma série de fortes réplicas, e há registros de casas danificadas e bloqueios em estradas e ferrovias. Nas redes sociais, foram publicados relatos de objetos que caíram de prateleiras e vidros quebrados nas ruas.
Tremor significativo
"Amigos em Cheviot disseram que algumas casas foram totalmente destruídas", tuitou uma pessoa.
A conselheira local Marie Black, que mora a cerca de 50 km de Christchurch, descreveu ao "New Zealand Herald" relatos de prédios danificados na região de North Canterbury.
Em várias cidades, hóspedes foram obrigados a deixar hotéis, entre elas Nelson, a cerca de 200 km do epicentro, onde a seleção de críquete do Paquistão está hospedada.
"O local inteiro começou a tremer. Estávamos no sexto e sétimo andares, e deixamos o hotel imediatamente", contou o técnico Wasim Bari ao ESPNcricinfo.
A Nova Zelândia fica no limite das placas tectônicas da Austrália e do Pacífico, que formam o Círculo de Fogo, e experimenta até 15 mil tremores por ano.