A coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico não apoia as atuais operações das forças turcas e de seus aliados rebeldes para recuperar a cidade de Al-Bab, no norte da Síria, das mãos do EI - disse um porta-voz militar americano nesta quarta-feira (16).
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Os rebeldes sírios e as forças turcas querem desalojar os extremistas dessa cidade de 100 mil habitantes, mas não contam com o apoio aéreo da coalizão, porque a operação foi lançada de forma "independente" pela Turquia, explicou o porta-voz militar da coalizão, o coronel americano John Dorrian.
"Foi uma decisão que tomaram em nível nacional", declarou em uma videoconferência de Bagdá.
Segundo Dorrian, os Estados Unidos retiraram os poucos soldados das forças especiais mobilizados para apoiar as forças turcas e seus aliados.
Essa ausência de apoio da coalizão expõe as vivas tensões entre a Turquia e seus aliados sobre como retirar o EI das zonas ainda ocupadas pelo grupo no norte da Síria.
Contrariando a Turquia, Estados Unidos e seus aliados querem continuar contando com a coalizão curdo-árabe das Forças Democráticas Sírias (FDS), sobretudo, para avançar sobre Raqa, capital "de fato" do EI na Síria.
Para os turcos, as FDS são um braço das YPG, as milícias curdo-sírias consideradas como uma organização terrorista pelo governo. Diante disso, Ancara se opõe à sua participação nos combates.
O coronel americano pediu que se realizem negociações diplomáticas entre a Turquia e os países da coalizão para chegar a um acordo sobre o futuro papel das FDS, de modo a evitar confrontos armados entre elas e as forças turcas.