Um ex-militar de 47 anos foi detido nesta sexta-feira (25) no sul da França, suspeito do assassinato de uma funcionária de um lar para religiosos perto de Montpellier - informou o procurador Christophe Barret, acrescentando que o episódio não tem relação com o "terrorismo islâmico".
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O assassinato acionou um sinal de alerta na França, um país ainda traumatizado após uma onda de atentados extremistas, incluindo a decapitação de um padre em uma igreja em julho passado.
A detenção aconteceu "sem incidentes", e o indivíduo está sendo interrogado, disse Barret à AFP.
"Não se conhece as motivações" do autor, mas os investigadores privilegiam uma "pista local", acrescentou o procurador de Montpellier.
"Não há qualquer elemento que permita relacionar os fatos com terrorismo islâmico", frisou.
Pai de dois filhos, o suspeito serviu como paraquedista nas Forças Armadas, mas não é militar de carreira. "Tempos atrás" trabalhou nessa casa de repouso de religiosos, pertencente a uma ordem de missionários na África.
Armado com uma escopeta e com uma faca, o agressor invadiu a residência situada na localidade de Montferrier-sur-Lez, pouco antes das 22h de quinta-feira (19h, horário de Brasília).
O alerta foi dado às 21h45 locais por uma mulher que havia sido amarrada e amordaçada, mas que conseguiu se soltar.
A vítima, uma empregada da instituição, foi morta com uma arma branca, segundo fontes da investigação.
Recebeu "várias punhaladas", relatou Barret.
Nas imediações, a polícia encontrou um veículo que continha uma arma falsa de ar comprimido e "outros elementos" que permitiram identificar o suspeito.
Imediatamente, as autoridades francesas lançaram uma busca, que mobilizou mais de 130 agentes.
Na residência "Les Chênes Verts", vivem 59 ex-missionários que trabalharam na África, além de pelo menos seis freiras, com idade média de 75 anos.
Os residentes "despertaram, após a intervenção dos gendarmes", disse à AFP o arcebispo de Montpellier, Pierre-Marie Carré.
"Todo o mundo está abalado com o que aconteceu esta noite. Todos conheciam e gostavam da funcionária que foi morta", acrescentou.