Estados Unidos

Cantora deixa coral para não se apresentar na posse de Trump

Jan Chamberlin, em sua carta de demissão, afirmou que passou noites em claro" debatendo se devia cantar na posse de Trump

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Publicado em 30/12/2016 às 17:43
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Jan Chamberlin, em sua carta de demissão, afirmou que passou noites em claro" debatendo se devia cantar na posse de Trump - FOTO: Foto: AFP
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A integrante de um coral mórmon americano deixou o grupo para evitar cantar na cerimônia de posse do presidente Donald Trump, a quem vinculou com "tirania e fascismo".

Em sua carta de renúncia do conceituado Tabernacle Choir, publicada em sua conta no Facebook, Jan Chamberlin disse que "passou muitas noites em claro e dias de agonia" debatendo-se sobre se devia cantar ou não em 20 de janeiro.

"Não poderia me olhar novamente no espelho com respeito", escreveu a cantora, que estava no grupo há cinco anos.

"Só sei que não poderia 'atirar rosas para Hitler'. E sei, sem dúvida, que não poderia cantar para ele", Trump, acrescentou.

Chamberlin disse, ainda, que respeitava a filosofia de neutralidade política do coro, que aceitou cantar na cerimônia de posse de Trump, em Washington DC.

"Também sei que, olhando de fora, parecerá que o coro está apoiando a tirania e o fascismo", observou.

Sua carta pública foi difundida uma semana depois de confirmado que os 360 membros deste coro, que tem uma longa tradição de apresentações para presidentes, e as Radio City Rockettes se apresentariam no evento.

Petição nas redes sociais pede que coro não se apresente

Um porta-voz da igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, encarregada do coral, disse à AFP que não comentaria a decisão de Chamberlin. Ele só explicou que a decisão de cantar na cerimônia era individual de cada integrante e que a apresentação se limitaria a um número reduzido de intérpretes por questão de espaço.

"A participação do coro mantém sua longa tradição de se apresentar a presidentes americanos dos dois partidos em cerimônias de posse e outros entornos e não tem um apoio partidário implícito. É uma demonstração do nosso apoio à liberdade, civilidade e transição pacífica do poder", explicou o porta-voz, Eric Hawkins.

Enquanto isso, circula uma petição nas redes sociais, exortando o coro a não se apresentar. Na sexta-feira, a convocação tinha mais de 23.000 assinaturas.

Só um punhado de artistas apoiou a candidatura de Trump, que buscou artistas de alto nível para se apresentar no evento de 20 de janeiro, entre eles Elton John, que rejeitou o convite.

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