O antigo líder estudantil de oposição, Moon Jae-in, segue firme para suceder a presidente destituída da Coreia do Sul, Park Geun-hye, filha do ditador sul-coreano assassinado Park Chung-hee que o prendeu nos anos 1970.
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Moon, o atual líder nas pesquisas para as eleições de 9 de maio, teve uma vida que parece feita sob medida para destacar-se no papel de oposição na Coreia do Sul. Filho de refugiados norte-coreanos, ele esperou nas filas em Busan, cidade destruída pelas guerras, por farinha de milho e leite em pó dadas pelo governo dos Estados Unidos. Preso enquanto universitário por tentar derrubar militares no país, a ditadura posteriormente o forçou para ir às forças de elite do país.
Depois, tornou-se advogado de direitos humanos, foi secretário do último líder liberal do país e trabalhou pela reconciliação pela Coreia do Norte.
Um milhão de votos
Moon, de 64 anos, perdeu as eleições de 2012 para Park por um milhão de votos. Ele diz que essa eleição será "o último desafio de sua vida". Afirmou, ainda, em mensagem de vídeo que quer ser um líder que "abra as portas para uma nova era e uma nova geração".
Sua popularidade subiu depois que Park foi destituída por um grande escândalo de corrupção que deixou o poderoso establishment conservador do país à deriva.
Se eleito, Moon promete construir uma Coreia do Sul mais firme, melhorar os laços com a Coreia do Norte e revisar a polêmica implantação de um sistema anti-mísseis em seu país. Moon lidera as intenções de voto, com cerca de 30% da preferência do eleitorado. Seu rival mais próximo é o moderado Ahn Cheol-soo, próximo dos 20%.