O ex-diretor de um banco de esperma na Holanda, que morreu recentemente, seria o pai biológico de 19 holandeses nascidos por meio de fertilização in vitro, segundo uma comparação de DNA com seu filho legítimo, e cujos resultados foram revelados nesta terça-feira por um organismo especializado.
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Vinte e três holandeses pediram no dia 12 de maio à Justiça uma amostra de DNA de Jan Karbaat, acusando o médico especialista de ter doado seu próprio esperma ao invés do que havia sido escolhido entre os doadores da clínica.
Um de seus filhos legítimos forneceu voluntariamente o seu DNA para a organização holandesa Fiom, especializada em questões de filiação e que administra um banco de dados de DNA em colaboração com um hospital.
O material de DNA corresponde com outros 19 no banco de dados, segundo a diretora da Fiom, Ellen Giepmans, em um comunicado.
De acordo com um advogado das famílias, Jan Karbaat, cujo centro estava situado perto de Roterdã, havia afirmado ser o pai biológico de 60 crianças nascidas por fertilização in vitro (FIV). Mas sempre recusou fornecer qualquer amostra de DNA em vida.
"É uma questão de identidade, isso ajuda a pessoa a formar sua personalidade", declarou o advogado das famílias, Tim de Bueters, ante o tribunal civil de Roterdã. "É um direito fundamental saber de onde viemos".
O centro médico fechou em 2009 por irregularidades administrativas, depois que várias pessoas denunciaram a clínica, informou Bueters.
Kaarbaat supostamente alterou os dados, os diagnósticos e as descrições dos doadores de esperma, e não respeitou a norma que limita o número de filhos por doador a seis.