Os líderes do G7 não chegaram a um consenso nesta sexta-feira (26) sobre a luta contra a mudança climática e o Acordo de Paris porque os Estados Unidos estão revendo sua posição sobre esta matéria e não tomarão uma decisão antes de algumas semanas, disse o primeiro-ministro italiano Paolo Gentiloni. A informação é da agência EFE.
"Há uma questão que permanece suspensa sobre o clima porque o governo americano tem uma reflexão interna em curso sobre o Acordo de Paris [firmado em 2015]", disse Gentiloni à imprensa durante a cúpula do G7 que acontece hoje e amanhã na cidade siciliana de Taormina.
O primeiro-ministro italiano, anfitrião da reunião, disse que os outros países "acompanham" este processo. Ele acrescentou que os parceiros dos EUA neste fórum confirmaram o "compromisso e a determinação" em cumprir com o Acordo de Paris e acreditam que uma vez que os Estados Unidos resolvam suas questões internas, o país vai querer participar.
"Os EUA confirmaram que tem em andamento uma reflexão sobre a qual tomarão suas decisões nos próximos dias ou semanas. Esperamos que sejam positivas", disse o italiano.
Fontes da presidência francesa afirmaram que a discussão sobre este tema foi "franca e direta" e permitiu ao resto dos países à mesa dar argumentos aos Estados Unidos sobre a importância de ratificar o acordo e também de manter os compromissos adquiridos e o nível de ambição. "É preciso levar em conta as posições, mas todos queremos um comunicado ambicioso", disseram.
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Evoluindo
De acordo com um assessor de Trump, a postura do mandatário sobre o Acordo de Paris está "evoluindo" e nesta sexta-feira (26) ele quis deixar claro perante os parceiros do G7 que a proteção do meio ambiente é "muito importante".
Trump "escutou minuciosamente" os argumentos de seus colegas, comentou à imprensa o principal assessor econômico da Casa Branca, Gary Cohn. Segundo ele, o presidente "está pensando sobre quais são suas opções. Agora, ele está muito melhor informado sobre o tema, graças às conversas de hoje, e sua postura sobre o Acordo de Paris está evoluindo", disse o assessor.
O presidente "veio aqui para aprender", sustentou Cohn, enquanto o principal assessor de Segurança Nacional de Trump, o tenente-general H.R. McMaster, disse que ele tomará a decisão sobre o Acordo de Paris que considerar "melhor" para o povo americano.
Trump criticou o Acordo de Paris durante sua campanha eleitoral e já na Casa Branca iniciou um processo para revisar se os EUA devem continuar fazendo parte do pacto climático. Segundo o governo americano, Trump queria escutar os parceiros do G7 antes de tomar uma decisão a respeito, algo que prevê fazer logo depois de seu retorno a Washington.