Após semanas de embates, duas figuras-chave do gabinete da primeira-ministra britânica, Theresa May, expuseram neste domingo (13) sua postura comum sobre o Brexit, garantindo que a transição não será usada como uma "porta dos fundos" para estender a permanência na União Europeia (UE).
O ministro britânico das Finanças, Philip Hammond, que defende uma saída da UE mais branda e mais concentrada nas empresas, e o secretário de Comércio Internacional, Liam Fox, partidário de uma estratégia mais dura, envolveram-se em uma disputa retórica sobre o futuro do Reino Unido fora da UE.
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Neste domingo, ambos assinaram um artigo de opinião no jornal "The Sunday Telegraph", no qual manifestaram que a saída do Reino Unido do bloco, em março de 2019, não deve acontecer como uma situação de estar "à beira do abismo".
Ambos disseram que o período de transição terá um "tempo limitado" e que o Brexit implicará uma saída do Reino Unido do mercado comum europeu e da união aduaneira.
"Queremos que nossa economia continue sendo forte e dinâmica nesse período de mudança. Isso implica que as empresas têm de ter confiança em que não haverá uma situação de estar à beira do abismo quando deixarmos a UE em um prazo de apenas 20 meses", escreveram.
"Esta é a razão, pela qual acreditamos que este período provisório limitado vai ser muito importante para nossos interesses nacionais no futuro e para dar mais segurança às empresas, mas não pode ser indefinido, não pode ser uma porta dos fundos para permanecer na UE", afirmam.
União aduaneira
No texto, os ministros dizem ainda que ambos têm claro que, "durante este período, o Reino Unido vai estar fora da união aduaneira e vai ser 'um terceiro país', fora dos tratados da UE".
Esta semana, o governo britânico deve começar a publicar os pilares de como pretende abordar as negociações do Brexit.