Cada vez mais crianças morrem na guerra na Síria, lamentou nesta segunda-feira (12) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a poucos dias para que o conflito entre em seu oitavo ano.
"Em 2017, a violência cega e extrema matou o maior número de crianças visto até agora, 50% a mais que em 2016", afirmou o organismo em um relatório, no qual assinala que o ano de 2018 se anuncia ainda mais sombrio.
Mais de 200 crianças morreram nos bombardeios do regime sírio e as forças aliadas contra o reduto rebelde de Ghuta Oriental desde fevereiro, segundo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o que representa cerca de 20% das vítimas desta ofensiva.
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Tragédias
O Unicef cita, em seu relatório, um menino do sul da Síria que atualmente está refugiado na Jordânia.
"Saí para brincar na neve com meus primos. Caiu uma bomba. Vi as mãos do meu primo voarem diante de mim. Perdi minhas pernas", conta o menor.
As crianças que ficam com deficiências físicas "enfrentam o risco muito real de serem esquecidos e estigmatizados enquanto o conflito continua", destaca o diretor regional da Unicef, Geert Cappelaere.
Segundo a Unicef, cerca de 3,3 milhões de crianças estão expostas aos dispositivos explosivos por todo o país, e dezenas de escolas se viram golpeadas em 2017.