VÍDEO FALSO

Boato de 'arroz de plástico' derruba vendas na Bolívia

Vários vídeos e fotos divulgados nas redes sociais sobre a suposta produção de arroz a partir de material plástico provocaram preocupação

AFP
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Publicado em 02/08/2018 às 4:05
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Vários vídeos e fotos divulgados nas redes sociais sobre a suposta produção de arroz a partir de material plástico provocaram preocupação - FOTO: Foto: Pixabay
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Vários vídeos e fotos divulgados nas redes sociais sobre a suposta produção de arroz a partir de material plástico provocaram alarme em vários países e derrubaram as vendas do produto na Bolívia.

As autoridades bolivianas desmentiram nesta quarta-feira o boato sobre o arroz plástico no país, em uma tentativa de tranquilizar a população e deter a queda nas vendas, que segundo atores do setor já caíram 50%. 

Preocupação

Além da Bolívia, as imagens geraram preocupação no Equador, México, Peru e Colômbia, entre outros países.

Há algumas semanas começou a circular na Bolívia um vídeo que mostra um operário introduzindo objetos de plástico em uma máquina e no final da linha de produção aparecem recipientes cheios de  partículas brancas semelhantes a grãos de arroz.

Logo depois, foi noticiado que no departamento de Pando, na fronteira com o Peru, se vendia arroz plástico, o que foi desmentido pelas autoridades locais.

Outros vídeos caseiros, supostamente gravados na regiões de Chuquisaca (sudeste), Cochabamba (centro) e Potosí (sudoeste), mostram pessoas tratando de tostar grãos de arroz que tomam cores estranhas.

O vídeo que mostra a "fabricação de arroz de plástico" circula na internet - em vários idiomas - desde novembro de 2016, mas em 2011 já havia boatos sobre a existência do "arroz de plástico" na  China.

O processo se parece com o utilizado para a reciclagem de objetos de plástico, que ao final produz grãos semelhantes ao arroz que se transformam em matéria industrial.

Diante do avanço dos boatos na Bolívia, fiscais do Serviço Nacional de Saúde Agropecuária e Alimentar (Senasag) comprovaram que o arroz vendido nos mercados do país é legítimo, segundo a própria entidade.

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