A ex-presidente argentina Cristina Kirchner foi processada, com um pedido de prisão preventiva, nesta segunda-feira (17) em um grande caso de subornos em obras públicas conhecido como "Cadernos da corrupção", informou a mídia local.
Com este caso, Cristina Kirchner (2007-2015) passa a responder a cinco processos, mas continuará em liberdade por ter foro privilegiado por ocupar o cargo de senadora.
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A ex-presidente "é considerada chefe de uma associação ilícita", apontou o CIJ. Além disso, o juiz federal Claudio Bonadio pediu a quebra do seu foro ao Senado.
Além disso, congelou 4 bilhões de pesos (100 milhões de dólares) dela por este caso de suposta corrupção nos contratos de obra pública envolvendo ex-funcionários do governo e empresários.
Buscas e apreensões
Há três semanas, o juiz autorizou buscas e apreensões em três residências de Kirchner, uma em Buenos Aires e duas na Patagônia, ao sul do país.
Kirchner esteve duas vezes frente ao juiz Bonadio que investiga o pagamento de subornos milionários por parte dos mais importantes empresários argentinos para obter contratos de construção de obra pública entre 2003 e 2015.
A ex-presidente, que nega as acusações, havia recusado sem sucesso o juiz e o procurador Carlos Stornelli.
No mesmo dia, a justiça lhe negou um pedido de adiamento da audiência e Kirchner será interrogada nesta terça-feira pelo juiz Sebastián Casanello, em outra causa que investiga suposta lavagem de dinheiro.
Kirchner está sendo investigada em oito processos por suposta corrupção e acobertamento a iranianos no caso do atentado à AMIA.