A violência que causou a fuga de 700.000 rohingyas de Mianmar é imperdoável, afirmou nesta quarta-feira (14) o vice-presidente americano Mike Pence à líder birmanesa Aung San Suu Kyi em uma reunião em Singapura.
Em uma coletiva de imprensa, Pence condenou a "violência e as perseguições" que sofre a minoria muçulmana rohingya. Ele afirmou que transmitiu a Aung San Suu Kyi estar "impaciente por conhecer os avanços para que os responsáveis por esses crimes respondam por seus atos".
Nessa segunda-feira (12), em função desta situação, a Anistia Internacional retirou de Suu Kyi o prêmio de "embaixadora de consciência", concedido em 2009, considerando que a também premiada com o Nobel da Paz "traiu os valores que uma vez defendeu".
A Anistia Internacional denunciou as "múltiplas violações dos direitos humanos" observadas desde a chegada de Suu Kyi à liderança do governo birmanês, em 2016.
Violência em 2017
No final de 2017, mais de 700 mil rohingyas fugiram pela violência dos militares birmaneses e das milícias budistas e se refugiaram em Bangladesh, país vizinho, onde vivem desde então em imensos campos improvisados. A ONU se refere a um caso de "genocídio".