Estados Unidos

Homem mata três pessoas em tiroteio em hospital de Chicago

O suspeito também morreu, mas ainda não está claro se ele se suicidou ou se foi abatido pela polícia

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Publicado em 20/11/2018 às 8:04
KAMIL KRZACZYNSKI / AFP
O suspeito também morreu, mas ainda não está claro se ele se suicidou ou se foi abatido pela polícia - FOTO: KAMIL KRZACZYNSKI / AFP
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Uma discussão no estacionamento de um hospital da cidade de Chicago, nos EUA, virou um tiroteio, nessa segunda-feira (19), que deixou três mortos, entre eles um policial - informaram as autoridades. "Temos quatro pessoas falecidas: um oficial de polícia, duas mulheres que trabalhavam no hospital e o agressor", disse a jornalistas o encarregado policial Eddie Johnson sobre o episódio no Mercy Hospital.

O agressor matou a primeira vítima - uma mulher que tinha uma "relação doméstica" com ele - durante uma discussão no estacionamento. Na sequência, atirou na polícia, quando esta chegou ao hospital e, depois, entrou no prédio, relatou Johnson.

Reforços policiais chegaram ao local, e os agentes "enfrentaram o agressor por vários minutos no hospital, com tiros disparados" por ambas as partes, afirmou.

Durante o tiroteio, o agressor matou uma segunda mulher que saía de um elevador, acrescentou Johnson. O homem também morreu, mas ainda não está claro se ele se suicidou, ou se foi abatido pela polícica.

O prefeito Rahm Emanuel identificou as vítimas femininas como uma médica e uma "assistente de farmácia".

Segundo testemunhas entrevistadas pela mídia local, o tiroteio começou em frente ao hospital às 15h15 locais (17h15 em Brasília) e continuou dentro do edifício.

James Gray disse a jornalistas que viu o atirador e uma mulher caminharem juntos para o estacionamento do prédio, antes que o homem disparasse três vezes no peito da mulher. "Quando ela caiu no chão, ele ficou de pé sobre ela e disparou mais três vezes", disse, acrescentando que os disparos foram feitos como "em uma cena de filme".

"Estavam caminhando e falando e ele só virou e começou a atirar. Não tiveram uma discussão acalorada. Era como se estivéssemos conversando aqui, agora", disse Gray.

Mais disparos

Hector Avitia disse à filial da CBS que esperava os resultados de exames quando sua esposa viu um homem vestido de preto disparar várias vezes contra alguém no chão do estacionamento.

Disse que o atacante tinha uma pistola com vários carregadores.

"Então, quase imediatamente, um policial estava chegando em uma caminhonete, e (o atacante) trocou tiros com eles e depois recarregou e atirou novamente na pessoa no chão", disse outra testemunha.

"Então, entrou no hospital e fez mais disparos".

"Nunca fiquei tão assustada. Já ouvi tiros que acontecem todos os dias nos locais da trabalho das pessoas, mas não onde eu trabalho", afirmou uma funcionária do hospital em entrevista à rede ABC.

Segundo a imprensa local, os pacientes do hospital foram evacuados, alguns em cadeiras de rodas.

Chicago, a terceira maior cidade dos Estados Unidos, enfrenta uma violência endêmica, ligada à guerra de gangues e ao tráfico de drogas.

Em 2017, foram registradas 675 mortes, mais do que em Nova York e Los Angeles juntas. A polícia local contabilizou 2.785 tiroteios.

No entanto, a cidade está longe de ser o único local enlutado pelos tiroteios nos Estados Unidos.

Segundo o site Gun Violence Archive, 314 tiroteios "em massa" - com mais de quatro vítimas - ocorreram nos Estados Unidos desde o início deste ano.

O ataque é o último de uma série de incidentes de violência com disparos em um país dividido sobre os limites ao porte de armas, um direito constitucional.

Os mais recentes ocorreram na madrugada de 7 a 8 de novembro, quando um soldado matou 12 pessoas em um bar de Thousand Oaks, na Califórnia, e em 27 de outubro, quando um atirador matou 11 pessoas em uma sinagoga em Pittsburgh.

Após os disparos, um grande aparato policial foi acionado em torno do hospital universitário.

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