Dois turistas vietnamitas e o guia com quem visitavam as pirâmides de Gizé morreram nesta sexta-feira (28), quando uma bomba colocada do lado da estrada explodiu perto do ônibus em que viajavam rumo aos monumentos, situados na periferia do Cairo, informou o ministério do Interior egípcio.
Outras dez pessoas, inclusive o motorista, ficaram feridas na explosão.
Segundo um comunicado oficial, havia 14 turistas vietnamitas no ônibus quando um artefato caseiro explodiu, às 18H15 locais (14H45 de Brasília), além do motorista e do guia, ambos egípcios, que ficaram feridos.
O guia não resistiu aos ferimentos e morreu, informou o premiê egípcio, Mustafá Madbuli, em visita ao hospital onde estão os feridos, reportou a TV local.
O explosivo improvisado estava sobre um muro na rua Mariyutiya, no distrito de Haram, perto das pirâmides do Egito, informou o comunicado.
Serviços de segurança se deslocaram imediatamente para a área e abriram uma investigação sobre o ataque, informou o ministério, sem dar maiores detalhes.
O Egito tem sido alvo de vários ataques de grupos jihadistas, principalmente contra forças de segurança e a minoria cristã copta (10% da população).
Reforço
A segurança foi reforçada nos locais turísticos egípcios como resultado destes ataques.
Em 31 de outubro de 2015, o grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou um atentado no qual morreram os 224 ocupantes de uma aeronave russa, que transportava turistas após decolar do balneário de Sharm el Sheikh, no sul do Sinai egípcio.
O ataque foi um duro golpe para o turismo no Egito, um setor-chave para a economia do país, já muito afetada pela instabilidade política, após o levante popular de 2011 que resultou na queda do até então todo-poderoso presidente Hosni Mubarak.
O Egito viveu um ressurgimento do turismo nos últimos meses, com 8,2 milhões de visitantes em 2017, segundo cifras oficiais. Mas o país ainda está longe dos 14,7 milhões de turistas que recebeu em 2010.