O papa Francisco aceitou a renúncia do ex-capelão dos Carabineros, a Polícia uniformizada do Chile, Luis Felipe Egaña, acusado de ter abusado sexualmente de um menor há 33 anos, indicou neste sábado (5) um comunicado da Igreja chilena.
Egaña tinha pedido ao Papa que aceitasse sua renúncia depois de que ele foi denunciado, em junho do ano passado, por abuso sexual de um menor em 1985, caso que se adiciona à onda de escândalos de pedofilia de centenas de religiosos que são investigados na justiça chilena e que provocaram uma crise na Igreja no país.
O papa acolheu o pedido "pelo bem da igreja", e Egaña foi "excluído do estado clerical e das obrigações próprias do sacerdócio", indicou a nota difundida pela Diocese de Talca, onde cumpria suas funções sacerdotais nos últimos anos.
Em agosto passado, uma investigação determinou que as denúncias contra ele eram "verossímeis", mas o abuso já teria prescrito.
Antes do papa aceitar sua renúncia, os antecedentes tinham sido enviados à Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano, entidade que investiga as denúncias de pedofilia contra sacerdotes.
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Crimes sexuais
Francisco, que prometeu "tolerância zero" perante crimes sexuais, aceitou no ano passado as renúncias de sete bispos chilenos, expulsou outros dois bispos eméritos e os sacerdotes Fernando Karadima e Cristián Precht do sacerdócio.