Um carro-bomba explodiu nesta quinta-feira (17) na entrada de uma academia da polícia no sul de Bogotá, matando dez pessoas e ferindo outras 65, no pior atentado na capital colombiana em 16 anos.
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O que se sabe até o momento sobre o ataque:
Vítimas
Dez pessoas morreram na explosão de uma caminhonete Nissan Patrol modelo 1993 na Escola de Oficiais General Francisco de Paula Santander, segundo o ministério da Defesa. O ataque deixou ainda 65 feridos.
Entre os mortos está a cadete equatoriana Erika Chicó. Outra equatoriana, Carolina Sanango ficou ferida, assim como dois cadetes panamenhos de um grupo de 45 alunos do Panamá.
Não foi confirmado se todos os mortos eram membros da academia.
Autor material
O Ministério Público identificou José Aldemar Rojas Rodríguez como o autor do atentado, o pior contra a capital desde o ataque da então guerrilha das Farc ao clube social El Nogal, que deixou 36 mortos e dezenas de feridos em fevereiro de 2003.
Rojas Rodríguez, de nacionalidade colombiana e que entrou na academia dirigindo a caminhonete, morreu no atentado, confirmou à AFP um funcionário do MP.
Segundo relatos de policiais, um cão farejador detectou os explosivos. Quando foi descoberto, Rojas acelerou o carro e atropelou um policial. Três militares foram atrás do veículo que, segundos depois, explodiu.
O MP não informou qualquer vínculo entre o autor e grupos armados que operam na Colômbia, mas prometeu que "nas próximas horas" dará mais informações sobre os "autores intelectuais deste ato terrorista".
80 quilos de explosivos
A caminhonete dirigida por Rojas Rodríguez carregava 80 quilos de pentolite, uma mescla de TNT e PETN, segundo o primeiro relatório dos especialistas em explosivos.
O veículo havia passado por uma revisão mecânica em 27 de julho passado, na cidade de Arauca, na fronteira com a Venezuela.
Em Arauca, capital do departamento do mesmo nome, é zona de influência do Exército de Libertação Nacional (ELN), cujo diálogo de paz com o governo está suspenso, e de dissidentes das Farc.
Até o momento nenhum grupo armado assumiu o atentado.
