O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta quinta-feira (17) impulsionar os sistemas de defesa antimísseis dos Estados Unidos e investir em tecnologia para se proteger das novas ameaças de países rivais.
"Os Estados Unidos vão ajudar sua posição para se defender de qualquer ataque de mísseis, inclusive de mísseis de cruzeiro e supersônicos", afirmou Trump ao apresentar no Pentágono uma aguardada análise do escudo antimísseis de seu país.
Uma das principais preocupações relatadas na análise é a velocidade com a qual seus rivais, especialmente China e Rússia, estão avançando em novas tecnologias, como mísseis supersônicos, que podem se deslocar a mais de 5.000 km/h e manobrar, sendo quase impossíveis de interceptar.
"Eliminaremos qualquer lançamento de mísseis de potências hostis ou até potências que possam cometer um erro. Não ocorrerá, independentemente do tipo de mísseis ou da origem geográfica do ataque", disse.
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Quando as tensões com a Coreia do Norte se intensificaram, em 2017, Trump ordenou uma análise sobre as defesas antimísseis americanas e como elas deveriam ser adaptadas a novas ameaças.
O resultado foi o documento publicado nesta quinta-feira pela Agência de Defesa Antimíssil (MDA, na sigla em inglês). Esta é a primeira revisão desta tecnologia feita pelos Estados Unidos desde 2010.
Os Estados Unidos querem monitorar a trajetória destes mísseis graças a sensores especiais, modernizando ferramentas que já estão no espaço.
"Melhorar nossa capacidade de detectar essas ameaças emergentes possibilitará a defesa contra mísseis de cruzeiro e mísseis supersônicos", disse o MDA em seu relatório.
"Essas novas tecnologias geram novas ameaças, e essas ameaças são mais difíceis de serem vistas, mais difíceis de detectar e mais difíceis de derrotar", afirmou o secretário de Defesa, Patrick Shanahan.
Rússia
No mês passado, o presidente russo, Vladimir Putin, gabou-se de um novo míssil supersônico que pode voar a até 33.000 km/h e é impossível de ser parado.
Trump já questionou o Irã por desenvolver tecnologia para mísseis, mas não mencionou a Rússia ou a Coreia do Norte.
O documento do MDA destaca, no entanto, que a Coreia do Norte é "uma ameaça extraordinária, e os Estados Unidos devem permanecer atentos".