A operação de busca do menino que caiu em um poço na Espanha, que entra em seu sexto dia nesta sexta-feira (18), encontrou novos obstáculos que dificultam os trabalhos das equipes de resgate, e os especialistas advertem que ainda levará alguns dias para chegar a ele.
Desde que caiu, no domingo (13), no poço abandonado de 25 centímetros de diâmetro e mais de 100 metros de profundidade na serra de Totalán, Andaluzia (sul), não há sinais de que o pequeno Julen continue vivo.
De todas as formas, a operação de busca continua sem descanso e as autoridades esperavam começar nesta sexta a escavar um túnel vertical paralelo ao poço, uma tarefa que atrasou devido aos obstáculos encontrados durante os preparativos.
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"A geologia e estratigrafia do terreno são complicadas", disse a jornalistas o engenheiro Ángel García Vidal, indicando que a equipe se deparou com "um maciço rochoso, um afloramento de ardósia muito dura, e portanto isso está dificultando os trabalhos".
Uma vez que comece a perfuração, para a qual foram trazidas as máquinas "de maior potência do mercado", esta poderia demorar 15 horas "em condições favoráveis", disse García Vidal, que dirige a equipe de técnicos.
Estratégias
Quando for alcançada uma profundidade de cerca de 80 metros, na qual se calcula que o menino estaria preso, uma equipe de resgate de mineiros será a encarregada de conectar o túnel com o poço, para encontrar Julen.
Foto: AFP |
Perguntado sobre se isso ocorrerá antes de segunda-feira, García Vidal se limitou a indicar: "Esperemos que assim seja".
Outro túnel cavado em direção oblíqua também avançava lentamente, devido às condições do terreno.
Julen caiu no poço, que carecia de sinalização, enquanto brincava perto de onde seus pais estavam almoçando no domingo passado, dando início a uma operação de busca contra o tempo que mantém o país em alerta.