Roger Stone, ex-assessor do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, foi indiciado e preso nesta sexta-feira no âmbito da investigação do possível conluio entre a equipe de campanha do presidente eleito em 2016 e a Rússia, informou a imprensa local.
Stone foi acusado pelo promotor especial Robert Mueller em sete processos, incluindo obstrução de um procedimento oficial, falsos testemunhos e manipulação de testemunhas, segundo o jornal The New York Times e outros meios de comunicação citando fontes do gabinete de Mueller.
Agentes do FBI prenderam Stone, de 66 anos, em sua casa em Fort Lauderdade, Flórida, informou a CNN.
O porta-voz de Mueller disse que Stone será apresentado a um juiz da Flórida durante a tarde desta sexta.
O procurador especial Mueller está conduzindo a investigação sobre a suposta conspiração russa, que constitui uma ameaça crescente à casa Branca.
Trump nega qualquer conluio com Moscou e denunciou repetidamente uma "caça às bruxas".
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Investigações
Em maio de 2017, o procurador especial Robert Mueller recebeu a tarefa de investigar "qualquer vínculo e/ou coordenação entre o governo russo e as pessoas relacionadas com a campanha do presidente Donald Trump", assim como "qualquer tema" que surja "diretamente" dessas investigações.
Até agora, a Justiça indiciou 25 supostos agentes da Inteligência militar russa (GRU) por ingerência na eleição americana.
Culpados
Paul Manafort, então diretor de campanha do candidato republicano, foi declarado culpado de fraude fiscal por eventos anteriores a 2014, quando era assessor do governo ucraniano pró-russo. Também admitiu ser culpado de obstrução à Justiça.
Michael Flynn, ex-conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, e o ex-assessor diplomático George Papadopulos se declararam culpados de terem mentido para o FBI (a Polícia Federal americana) sobre seus contatos com funcionários russos de alto escalão durante a campanha eleitoral nos EUA.
Michael Cohen, ex-advogado pessoal de Donald Trump, foi condenado a três anos de prisão por ter omitido contatos com a Rússia. Esses contatos estariam relacionados com um projeto imobiliário em Moscou em 2016, no auge da campanha à presidência.