VENEZUELA

Trump alerta militares venezuelanos que 'perderão tudo' apoiando Maduro

O presidente norte-americano disse que os militares ''não encontrarão um refúgio'' caso decidam continuar apoiando o presidente Nicolás Maduro

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Publicado em 18/02/2019 às 20:19
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O presidente norte-americano disse que os militares ''não encontrarão um refúgio'' caso decidam continuar apoiando o presidente Nicolás Maduro - FOTO: Foto: Jim WATSON / AFP
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O presidente americano, Donald Trump, incentivou nesta segunda-feira (18) os militares venezuelanos a aceitarem a anistia oferecida pelo líder opositor Juan Guaidó, caso contrário "perderão tudo".

"Hoje tenho uma mensagem para todos os funcionários [públicos] que estão ajudando a manter (o presidente Nicolás) Maduro no cargo. Os olhos do mundo estão sobre vocês", disse Trump em um encontro com a comunidade venezuelana em Miami.

"Podem escolher entre aceitar a generosa oferta de anistia do [autoproclamado] presidente Guaidó e viver sua vida em paz com suas famílias e seus compatriotas, ou podem eleger o segundo caminho: continuar apoiando [o presidente Nicolás] Maduro. Se elegerem este caminho, não encontrarão um refúgio, não haverá uma saída fácil. Perderão tudo".

Umas 300 pessoas presentes aclamaram Trump no evento na Universidade Internacional da Flórida, em Miami, realizado um dia depois da visita do senador Marco Rubio à fronteira da Colômbia com a Venezuela.

Horas antes, ao chegar ao aeroporto de Miami, após visitar as cargas de ajuda humanitária estacionadas na cidade colombiana de Cúcuta, Rubio havia dito a jornalistas que perguntaram sobre a opção militar que "se os Estados Unidos agirem militarmente em qualquer parte do mundo, vocês saberão".

"Mas aqui a única invasão que se pediu é uma invasão de comida e remédios", acrescentou, falando em espanhol, assegurando ainda que "a única invasão ocorrida na Venezuela é a invasão cubana".

Guaidó, reconhecido por 50 países como presidente interino, organiza a entrada da ajuda humanitária para 23 de fevereiro, desafiando o repúdio do chefe de Estado, Nicolás Maduro, que prometeu impedir seu ingresso porque considera a carga uma porta de entrada para a intervenção estrangeira no país.

ONU

Segundo a ONU, 2,3 milhões de venezuelanos (7% da população) emigraram desde 2015, fugindo da maior crise econômica da história recente do país petroleiro, com uma hiperinflação estimada para este ano em 10.000.000% pelo FMI.

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