Atualizada às 19h59
A tarde deste sábado (23) foi marcada por fortes confrontos na fronteira do Brasil com a Venezuela. Segundo apurado pelo jornal Folha de S. Paulo, três pessoas acabaram morrendo e outras 42 ficaram feridas após um ataque a tiros das forças de segurança venezuelanas. A informação teria sido repassada por funcionários de saúde do país vizinho. As baixas ocorreram na cidade de Santa Elena de Uairén, nas proximidades da fronteira brasileira.
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Ao menos 42 pessoas ficaram feridas em distúrbios registrados na principal ponte fronteiriça entre Colômbia e Venezuela, por onde a oposição tenta fazer entrar ajuda básica, apesar do bloqueio das forças venezuelanas, segundo um socorrista.
Os feridos são venezuelanos, que pretendiam cruzar com assistência para seu país pela ponte Simón Bolívar, fechada na véspera por determinação do presidente Nicolás Maduro, quando foram reprimidos com bombas de gás lacrimogêneo. Catorze feridos tiveram que "ser transferidos" para receber atendimento médico, disse à AFP um funcionário da Defesa Civil, que pediu para não ser identificado.
Caminhões queimados
Dois caminhões cheios de ajuda humanitária foram incendiados em uma ponte na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, quando os militares venezuelanos bloquearam a passagem de uma caravana de quatro caminhões e jogaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.
O líder da oposição Juan Guaidó, que está na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Ureña venezuelana, culpou no Twitter o governo de Nicolás Maduro, a quem acusou de comandar um "regime usurpador".
El régimen usurpador se vale de los actos más viles e intenta quemar el camión con ayuda humanitaria que se encuentra en Ureña.
— Juan Guaidó (@jguaido) 23 de fevereiro de 2019
Nuestros valientes voluntarios están realizando una cadena para salvaguardar la comida y las medicinas.
La avalancha humanitaria es indetenible pic.twitter.com/bU2PPzSGcu
No meio dos distúrbios na ponte de Santander, em Ureña, na fronteira com Cúcuta, a deputada da oposição Gaby Arellano disse que "eles queimaram duas dos quatro caminhões".
"As pessoas estão salvando a carga do caminhão e cuidando da ajuda humanitária que (o presidente Nicolás) Maduro, o ditador, ordenou que queimassem", disse Gaby aos repórteres.
A Migração da Colômbia confirmou a queima dos dois caminhões.
Imagens de vídeo que circulam nas redes sociais e nos canais da internet mostram dezenas de pessoas pegando sacolas e caixas de remédios dos caminhões, no meio de uma grande nuvem de fumaça.
"Nossos corajosos voluntários estão realizando uma corrente para proteger alimentos e remédios, e a avalanche humanitária é impossível de ser detida", disse Guaidó.
Os caminhões estavam em uma caravana de quatro veículos que tentaram entrar em Ureña, Cúcuta, depois que os manifestantes romperam uma barreira de obstáculos erguida pela Guarda Nacional Venezuelana.
Militares venezuelanos dispersaram com gás lacrimogêneo centenas de manifestantes que também exigiam a entrada de cargas na ponte Simón Bolívar, que liga a cidade de San Antonio (Táchira) a Cúcuta.
O governo de Maduro ordenou na noite de sexta-feira o fechamento das quatro pontes que ligam a Venezuela e a Colômbia pelAs pessoas tentam salvar a ajuda humanitária depois que o caminhão que a transportava foi incendiado no Francisco de Paula Internacional Santander Brige entre Cucuta, na Colômbia, e Ureña, na Venezuela, em 23 de fevereiro de 2019. Um caminhão carregado de ajuda humanitária foi incendiado no sábado. Fronteira Colômbia-Venezuela, um deputado da oposição disse a repórteres em meio a tumultos na travessia da ponte Santander. estado de Táchira.
O presidente socialista também ordenou o fechamento da fronteira com o Brasil e o tráfego marítimo e aéreo com Curaçao. Nos dois países também existem centros de coleta de ajuda humanitária.