VENEZUELA

Mourão sugere diálogo com Maduro como saída pacífica para a crise

''Alguém tem que conversar, né? O Trump não foi conversar com o Kim Jong-un?'', disse o vice-presidente

ABr
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Publicado em 01/03/2019 às 18:34
Foto: Yuri CORTEZ / AFP
''Alguém tem que conversar, né? O Trump não foi conversar com o Kim Jong-un?'', disse o vice-presidente - FOTO: Foto: Yuri CORTEZ / AFP
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, sugeriu nesta sexta-feira (1º) a abertura de diálogo com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no esforço de buscar uma saída pacífica para a crise venezuelana. Mourão lembrou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, conversaram por duas vezes – este ano e em 2018 -, demonstrando que o diálogo é o caminho para o entendimento.

“Alguém tem que conversar, né? O Trump não foi conversar com o Kim Jong-un?", disse o vice-presidente se referindo ao encontro de Trump e Kim Jong Un, nessa quinta (28) e quarta-feira (27) em Hanói, no Vietnã.

Para Mourão, a visita do autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, gera efeitos positivos no cenário venezuelano e também externo. “O Guaidó está sendo reconhecido como presidente real, vamos colocar assim, da Venezuela. Ele veio aqui para mostrar para os venezuelanos que é recebido pelo presidente brasileiro. Acho que é isso.”

Pela manhã, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o Brasil está pronto para trabalhar pela legitimação internacional do governo de Juan Guaidó, e para mostrar a total ilegitimidade do regime do presidente Nicolás Maduro.

De acordo com o chanceler, a articulação com outros países acontece no âmbito do Grupo de Lima, instalado para tratar da crise na Venezuela. Araújo deu a declaração após reunir-se com Hamilton Mourão no gabinete da Vice-Presidência.

Reforma da Previdência

Mourão reiterou a disposição de Bolsonaro para conversar com os parlamentares sobre a reforma da Previdência. Segundo ele, houve uma interpretação equivocada sobre a possibilidade de rever as propostas de idade mínima para mulheres, reduzindo de 62 para 60 anos.

“O presidente mostrou que tem coisas que o Congresso poderá mudar ou negociar. Não que ele concorde”, disse. “O governo não tem que concordar. A partir de agora está na mão do Congresso. O Congresso é o local para discutir o assunto porque ali estão os representantes de todos os segmentos da população.”

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