Onze dos 14 países do Grupo de Lima culparam o presidente Nicolás Maduro pelo apagão que afeta há três dias a Venezuela, durante o qual morreram pacientes em hospitais por falta de energia, anunciou neste domingo (10) o governo peruano.
"Responsabilizamos exclusivamente o regime ilegítimo de Maduro pelo colapso do sistema elétrico venezuelano", assinala o comunicado, em que os signatários reiteram seu apoio ao líder opositor Juan Guaidó e à Assembleia Nacional, de maioria opositora.
"Os governos de Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru, membros do Grupo de Lima, solidarizam-se com os milhões de venezuelanos afetados pelo apagão que se prolonga por mais de 50 horas e fez 18 vítimas até o momento em hospitais e clínicas", ressalta a declaração.
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A oposição e ONGs denunciaram 15 mortes causadas pelo apagão, enquanto o governo descartou que tenha havido vítimas fatais do corte de energia.
O apagão e sua repercussão no setor de saúde venezuelano "não fazem mais do que confirmar a existência e magnitude da crise humanitária que o regime de Maduro se nega a reconhecer", assinala o Grupo de Lima. "Somente um governo legítimo surgido de eleições livres e democráticas poderá levar a cabo a reconstrução das instituições, infraestrutura e economia daquele país".
Oposição
Guiana e Santa Lucia não assinaram o comunicado, tampouco o México, cujo novo governo, esquerdista, afastou-se do grupo em janeiro, quando este último reconheceu Guaidó como presidente encarregado da Venezuela.