Os casos de cólera entre os sobreviventes de um devastador ciclone em Moçambique chegaram a 271, informaram as autoridades neste sábado, 30. A cifra é quase o dobro da reportada no dia anterior.
A informação foi confirmada à agência de notícias portuguesa Lusa pelo diretor nacional de Saúde, Ussein Isse, que na quarta-feira havia dito que haviam sido registrados somente cinco casos. Não houve mortes devido à enfermidade.
O número oficial de mortos chegou a 501 neste sábado. As autoridades advertiram, no entanto, que o saldo é muito preliminar, já que à medida que as águas das inundações seguem retrocedendo mais corpos são descobertos. O ciclone atingiu o país em 14 de março.
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Meio milhão de pessoas em risco
Os casos de cólera estão concentrados na cidade portuária de Beira, onde meio milhão de residentes, especialmente os que vivem em bairros pobres, correm mais riscos.
A Organização Mundial de Saúde advertiu que pode ocorrer um "segundo desastre" em caso de as enfermidades transmitidas pela água, como a cólera, se estenderem pela região devastada. É esperado que chegue nos próximos dias um carregamento da OMS com 900 mil vacinas orais contra a doença.