A Guarda Nacional venezuelana, aliada a Nicolás Maduro, reprime com força nas ruas da capital do país os movimentos de opositores civis e militares que tentam derrubar o regime chavista, fazendo uso de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. As manifestações foram convocadas pelo presidente autoproclamado Juan Guaidó, que chamou a população para se manifestar contra o regime de Maduro.
Por volta de 12h, manifestantes tentavam entrar na base aérea de La Carlota, local escolhido como ponto de apoio a Guaidó, mas não era controlado por militares que o apoiam até o inicio da tarde. Militares responderam as tentativas com disparos de bombas de gás, e carros blindados de polícia também avançaram, um deles chegando a acelerar em meio a multidão, segundo informações do G1. De acordo com informações do governo venezuelano, ao menos uma pessoa estaria ferida na base militar de La Carlota até o momento.
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Apesar de o autoproclamado presidente interino Juan Guaidó afirmar que as Forças Armadas estão ao seu lado para derrubar Maduro, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, disse que os militares se "mantém firmes" na defesa da constituição e de "suas autoridades legítimas", acusando os opositores de fomentar o "terror" em vias públicas.
O líder da oposição venezuelana Leopoldo López conseguiu sair hoje da prisão domiciliar com a ajuda de militares que deixaram de apoiar o regime chavista, evidenciando uma divisão nas Forças Armadas do país. López chegou a divulgar uma foto em seu Twitter junto a Guaidó e pediu à população que tomasse as ruas de maneira pacífica. "Fazemos esse chamado a todos para que se somem a esse processo, um processo de unificação das forças armadas com o povo", disse.
Fonte: Associated Press.