VENEZUELA

Maduro convoca militares para 'combater qualquer golpista'

A declaração foi dada em ato com milhares de soldados, transmitido pela TV para reiterar lealdade dos militares ao governo

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Publicado em 02/05/2019 às 9:53
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A declaração foi dada em ato com milhares de soldados, transmitido pela TV para reiterar lealdade dos militares ao governo - FOTO: HO / Presidency/JHONN ZERPA / AFP
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quinta-feira às Forças Armadas que lutem contra "qualquer golpista", após uma insurreição militar fracassada liderada pelo líder da oposição Juan Guaidó."Sim, estamos em combate, moral máxima nessa luta para desarmar qualquer traidor, qualquer golpista", disse Maduro em ato com milhares de soldados, transmitidos pela televisão, em que o alto-comando militar reiterou sua lealdade. 

Repetindo o slogan "sempre leal, traidores nunca", o presidente assinalou que não deve haver medo frente a obrigação de desarmar as conspirações da oposição e os Estados Unidos. 

"Ninguém pode ter medo, é hora de defender o direito à paz", disse ele na cerimônia em que - segundo o governo - 4.500 soldados estavam presentes a chamado de Maduro vem após o levante na terça-feira por um pequeno grupo de soldados sob a liderança de Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países. 

"A hora de lutar chegou, chegou o momento de dar um exemplo para a história e para o mundo e dizer que na Venezuela há uma Força Armada leal, coesa, unida como nunca antes derrotando tentativas de golpe de traidores que se venderam aos dólares de Washington", enfatizou Maduro.

Protestos

Guaidó recebeu, na quarta (1º), o respaldo de milhares de seguidores nas ruas, apesar de não ter conseguido fazer uma rebelião militar quebrar o apoio da Força Armada de Maduro.

Uma enorme multidão atendeu a sua convocação em Caracas para exigir que Maduro "interrompa a usurpação do poder", em meio à pior crise socioeconômica da Venezuela. De todas as formas, a marcha não conseguiu ser "a maior da história do país", como pedia Guaidó.

Os protestos geraram confrontos em várias regiões da capital com saldo de pelo menos 27 feridos, segundo serviços de saúde. A oposição contabilizou 78 feridos em todo o país.

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