ATAQUES

Três hospitais no nordeste da Síria são alvo de ataques russos, diz ONG

Por outro lado, oito civis morreram no domingo em bombardeio do regime de Bashar al Assad e Moscou em diversos setores da região

JC Online
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Publicado em 05/05/2019 às 20:56
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Por outro lado, oito civis morreram no domingo em bombardeio do regime de Bashar al Assad e Moscou em diversos setores da região - FOTO: Foto: AFP
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Três hospitais do nordeste da Síria foram alvo neste domingo (5) de ataques aéreos atribuídos à Rússia, informou uma ONG, destacando que pelo menos dois deles ficaram fora de serviço no reduto jihadista de Idlib, bombardeado diariamente pelo regime e seu aliado russo.

Por outro lado, oito civis morreram no domingo em bombardeio do regime de Bashar al Assad e Moscou em diversos setores da região, um deles nos ataques contra um dos hospitais, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Os bombardeios em Idlib e territórios insurgentes adjacentes, principalmente da província de Hama, aumentaram de intensidade nos últimos meses.

Neste domingo, um hospital da localidade de Kafranbel e outro hospital subterrâneo perto da localidade vizinha de Haas foram atingidos nestes ataques. Um correspondente da AFP filmou os estabelecimentos afetados.

Os ataques foram atribuídos a Moscou pelo OSDH, a partir do tipo de avião usado, o local do ataque, planos de voo e munições utilizadas.

"O hospital em Kafranbel está fora de serviço. Os pacientes foram transferidos para outros estabelecimentos da região", informou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, acrescentando que um civil morreu nos bombardeios do hospital.

Um terceiro hospital, instalado em grutas da localidade de Kafr Zeita, no norte da província de Hama, foi alvo dos ataques russos, segundo o OSDH, que não pôde avaliar a amplitude dos danos.

Autoridades sanitárias locais asseguraram que a instalação ficou fora de serviço, mas a AFP não pôde verificar esta informação de forma independente.

Idlib

Desde setembro de 2018, Idlib é objeto de um acordo negociado por Moscou e Ancara - que apoia alguns grupos rebeldes - com o qual se busca implementar uma "zona desmilitarizada" que separe os setores jihadistas e insurgentes das zonas governamentais.

O acordo permitiu evitar uma ofensiva de envergadura do exército sírio, apesar de que algumas de suas disposições terem caído em letra morta e de o regime continuar bombardeando.

No domingo, a agência oficial Sana informou a morte de um civil em um ataque de "grupos terroristas" que lançaram foguetes contra uma pequena cidade controlada pelo regime, perto da província de Idlib.

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