VENEZUELA

Venezuelano critica Bolsonaro e pede ajuda de presidente do Brasil

Para o deputado venezuelano Luís Silva (AD-BO) Bolsonaro poderia ajudar mais do que fez

Estadão Conteúdo
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Publicado em 07/05/2019 às 14:07
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Para o deputado venezuelano Luís Silva (AD-BO) Bolsonaro poderia ajudar mais do que fez - FOTO: Foto: Agência Brasil
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As propostas do candidato Jair Bolsonaro sobre a crise da Venezuela mudaram depois que ele se tornou presidente da República e essa mudança de posição provoca reações em Caracas, diz matéria do jornal O Estado de S. Paulo. Desde a semana passada, a capital do país vive clima de tensão política entre a situação chavista, que reprime atos da oposição.

"O candidato Bolsonaro foi muito duro e assertivo contra o regime de Nicolás Maduro, mas o presidente Bolsonaro não pôs em prática as medidas que anunciou durante sua campanha", afirmou nesta segunda-feira, 6, em Caracas o deputado Luís Silva (AD-BO), eleito pelo Estado de Bolívar. "Estamos à espera dessa ajuda efetiva do Brasil", disse.

Para o opositor venezuelano, representante do setor agropecuário no Congresso, e um dos líderes do Plan País, projeto de recuperação econômica previsto para o pós-chavismo, "a Venezuela necessita de toda ajuda possível" e Bolsonaro poderia ajudar mais do que fez, por exemplo, quando da crise da ajuda humanitária na fronteira de Pacaraima com Santa Elena.

Para o deputado, "o Brasil deveria liderar os países latino-americanos. O Brasil tem posição privilegiada na região e sua opinião marca a rota para o restante dos países", argumentou "É um país pronto para liderar e ocupar um lugar na história da independência venezuelana", afirmou. "Na minha opinião, Bolsonaro foi excessivamente cauteloso", disse.

O parlamentar não quis falar sobre uma eventual invasão armada no país. "Não, essa seria a última alternativa. Antes disso, temos ainda esperança numa solução política interna, com a adesão dos militares patriotas venezuelanos e o crescente apoio popular, coisa que já está em andamento no país", ponderou. Para ele, não há qualquer oferta de operação militar externa, nem dos EUA, para afastar Maduro. "Isso seria trágico", afirmou.

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