A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou neste domingo (25) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está empenhando "forças significativas" para combater os incêndios na Amazônia. As declarações foram feitas após participação dela na cúpula de líderes do G7.
Merkel afirmou que a Alemanha e outros países vão conversar com o Brasil para apoiar o reflorestamento da Amazônia assim que os incêndios forem extintos. Ela disse ainda que ela e o presidente francês, Emmanuel Macron, vão oferecer "toda a potencial ajuda logística" na luta contra o fogo.
"É claro que é o território brasileiro, mas temos uma questão aqui das florestas tropicais que realmente são um tema global. O pulmão de toda a Terra está afetado e, portanto, precisamos encontrar soluções comuns", disse a chanceler alemã.
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Bolívia aceita ajuda
A Bolívia vai aceitar ajuda internacional para mitigar o fogo que devorou mais de 900 mil hectares florestais, informou neste domingo, 25, o presidente do país, Evo Morales. A área mais crítica é a região dos bosques de Chiquitanía, mas há também focos na região amazônica.
Em coletiva de imprensa, Morales disse que conversou com os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, que lhe ofereceram ajuda. A Argentina e o Peru também manifestaram apoio, e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) disse que vai doar US$ 500 mil ao país para o combate ao fogo.
Além disso, Morales disse que recebeu uma nota da França na qual o presidente Emmanuel Mácron disse que vai "realizar uma mobilização de todas as potências" para apoiar o reflorestamento
Os bosques de Chiquitanía, em Santa Cruz, no sudeste da Bolívia, é a área mais castigada, com 745 mil hectares. Em Beni, na região amazônica, mais de 100 mil hectares foram destruídos pelo fogo.
O ministro do Meio Ambiente da Bolívia, Carlos Ortuño, disse à emissora de TV estatal que os focos de calor intenso no país baixaram de 8 mil na semana passada para 857 agora.